O Ministério das Comunicações (MCom) prepara um novo programa de banda larga para conectar escolas públicas do país. O projeto está sendo costurado junto ao Ministério da Educação (MEC) e se propõe a ser mais amplo que as iniciativas já implementados até então.
A ideia é levar conectividade significativa, de 1Mbps por aluno, com Wifi mas garantir também infraestrutura dentro das instituições, incluindo equipamentos. Para bancar as medidas, o governo vai somar fontes, incluindo recursos do edital do 5G, mas também do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), somando quase R$ 7 bilhões.
Os eixos de intervenção incluem a extensão da rede de fibra óptica, em até 20km, principalmente em regiões rurais. Em locais inviáveis para instalação, a opção será via satélite.
O governo ainda não confirma a data de lançamento do novo programa de banda larga, mas prepara a medida como resposta do Executivo a esta demanda.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, esteve em audiência pública no Senado Federal na manhã desta terça-feira, 23, onde apresentou os dados de acesso à internet aos parlamentares. Entre as informações destacadas por ele está o mais recente levantamento, conforme as bases de dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que aponta 8.365 escolas sem internet e 119.593 sem velocidade de conexão adequada.
Juscelino reforçou que a conectividade significativa é a prioridade da gestão. “Nosso desafio é justamente atuar nessas 119 mil [sem velocidade] e nessas 8 mil [sem conexão]”.
O ministro também afirmou que o governo tentará incorporar os pequenos provedores no novo projeto de conectividade.
Sobre o 5G, tema que motivou a audiência pública, Juscelino Filho destacou que o MCom continuará tentando incentivar a antecipação do cronograma de implementação nos municípios do país. A estimativa é de que ao final deste semestre, cerca de 1,6 mil cidades já tenham sido liberadas para receber a infraestrutura da rede 5G